É difícil nadar contra a corrente. Eu escolhi ser "do contra" - isto é, pensar as minhas opiniões em vez de simplesmente aceitar as da maioria - e sofrerei as consequências pelo resto da vida. Continuarei ouvindo coisas do tipo "nossa, mas por que você NÃO come carne?", "por que você não estuda em uma faculdade particular em vez de PERDER um ano no cursinho?", "por que você não é mais SOCIÁVEL?", "por que você NÃO namora?", "COMO ASSIM você não crê em Deus?", "como assim você NUNCA assistiu àquele programa na tv?", et cetera.
Eu poderia responder a todas estas questões sucinta e racionalmente, mas prefiro evitar a fadiga; não vão entender mesmo. Só deixo explícito que é tudo questão de objetivos e prioridades.
Mas há o consolo: como disse Ricardo Reis, "nada te pese que não te amem. Sentem-te quem és, e és estrangeiro".
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