25.4.12

Filosofias de gaveta

Como disse o poeta, "as muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental".
Não me refiro àquela beleza de capa de revista, de propaganda de cosméticos ou de protagonista de novela, mas sim àquela que não quer ser notada. Não que eu tenha algo contra mulheres "obviamente lindas"  (cabelos longos e sedosos, corpo definido, postura impecável, roupas e maquiagem na medida certa), pois, hedonistas que somos, não podemos deixar de admirá-las. Porém, se no mesmo ambiente houver uma outra mulher que obviamente não espera atrair olhares (roupas confortáveis, cabelos bagunçados, postura relaxada, pouca ou nenhuma maquiagem), certamente eu a notarei. Se estiver lendo ou bebendo sozinha então, terá minha simpatia imediata.
O simples fato de mostrar-se "crua" demonstra coragem. Se o alvo de sua preocupação não é o ego, o que será?
Esta é a pergunta que, se não for respondida, fode minha mente pelo resto da semana.

Por que isso é tão intrigante? Por que, sempre que encontro alguém assim, sinto que tenho a oportunidade de conhecer alguém fascinante? E por que cargas d'água sinto que há um bloqueio enorme entre nós, que me impede de "invadir" o mundo dela?
Talvez eu encontre respostas no H3C-CH3-OH. Se eu me lembrar das perguntas.

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