8.12.11

Esquecer é mais do que simplesmente deixar de lembrar. Ela prometeu que esqueceria, e assim o fez. Afogou cada maldita hora em doses de tequila. Cada suspiro tornou-se um borrão indistinto, cada sorriso acidental tornou-se uma lágrima furtiva que contornava as maçãs de seu rosto, mas que ela não deixava que tocassem seus lábios trêmulos.

O que mais doía não era o passado; esse ela podia esquecer. O que lhe dilacerava as entranhas também não era o álcool; ela estava anestesiada por dentro.

O que realmente lhe desconcertava nessa história é que ela sabia que logo faria tudo outra vez.

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